Como escolher um professor de mindfulness?
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Crédito: iStock | Os treinamentos e terapias baseadas em mindfulness (atenção plena) exigem professores que tenham sido formados e certificados, a fim de garantir os resultados e a segurança dos participantes
O crescente interesse sobre as práticas e treinamentos de atenção plena (conheça mais sobre mindfulness) nas últimas décadas trouxe uma popularização do tema sem precedentes em todo o mundo. No Brasil, não temos números oficiais, mas o interesse tem sido exponencial.
Isso quer dizer que um número cada vez maior de pessoas tem praticado mindfulness ("novos praticantes"), a maioria sem conhecimentos prévios sobre o tema.
Se por um lado isso é um dado muito positivo, haja vista os benefícios potenciais para essas pessoas, por outro lado, emerge cada vez mais a preocupação com a qualidade dos treinamentos e professores, pensando na segurança dos praticantes.
Como sabemos, a prática de mindfulness é bastante segura, em especial nos programas laicos e científicos de 8 semanas, por serem desenhados especificamente para praticantes iniciantes; mas, por outro lado, não é totalmente isenta de riscos, principalmente se for mal-empregada.
Nesse sentido, alguns fatores fundamentais devem ser levados em consideração ao se iniciar uma prática de mindfulness, a fim de evitar os riscos desnecessários, e um dos mais importantes é a escolha do professor adequado.
Outros fatores também são importantes, como a vulnerabilidade pessoal (perfil de cada pessoa), e a escolha do melhor tipo de programa que se encaixa na necessidade de cada um.
Esses dois últimos aspectos também estão relacionados ao professor, pois ele que fará a triagem dos participantes, definindo as necessidades e riscos de cada um, e indicando o melhor curso a fazer.
Como escolher um professor de mindfulness adequado?
O ponto fundamental é a certificação e qualificação do professor. Um instrutor qualificado é aquele que passou por uma formação e certificação profissional específica para atuar com mindfulness, fornecida por um centro formador reconhecido (institutos ou universidades).
A formação profissional em mindfulness, em geral um curso de pós-graduação que dura minimamente um ano, habilita o instrutor a ministrar os programas, conduzir as práticas e a teoria de mindfulness de maneira correta e adequada, e entender os limites e necessidades de cada novo praticante.
Somado à formação específica em mindfulness, o professor também deve ter uma capacitação profissional prévia que o habilite a trabalhar com o tipo de público que ele vai aplicar mindfulness.
Por exemplo, para trabalhar com programas de mindfulness voltados para pessoas com depressão, o professor deve ter idealmente uma formação na área da saúde, e uma especialização em saúde mental.
Assim, a dica para quem quer começar um curso de 8 semanas de mindfulness é observar com calma o perfil do professor que está oferecendo o programa, olhando para sua formação profissional geral, e em especial, para sua capacitação e certificação específica em mindfulness.
Vamos praticar?
Mande sua pergunta: Se você tem alguma dúvida ou curiosidade sobre mindfulness, atenção plena, ou neurociência do comportamento, por favor me escreva que terei prazer em abordar seu tema em textos futuros: demarzo@unifesp.br
Referências:
Demarzo & Garcia-Campayo. Manual Prático de Mindfulness: curiosidade e aceitação. Editora Palas Athena, 2015.
Cebolla, Demarzo, Martins, Soler & Garcia-Campayo. Unwanted effects: Is there a negative side of meditation? A multicentre survey. Plos One, 2017.
Para Saber Mais:
www.mindfulnessbrasil.com (Mente Aberta – Centro Brasileiro de Mindfulness e Promoção da Saúde – UNIFESP)
www.webmindfulness.com (WebMindfulness – Grupo de Pesquisa Coordenado pelo Prof. Javier García-Campayo – Universidad de Zaragoza, informações em espanhol)
www.umassmed.edu/cfm (Centro de Meditação "Mindfulness" na Medicina, Universidade de Massachusetts, Estados Unidos, informações em inglês)
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